Livros
Companhia das Letras, 2020, Da geopolítica das grandes potências à crise climática, da pandemia de covid-19 à decadência da social-democracia, os eventos da última década são aqui interpretados sob o prisma da ciência política e da sociologia, com foco nos desafios da governabilidade e da governança durante as turbulentas metamorfoses estruturais que o mundo atravessa. Um tempo propício ao surgimento de oportunistas da extrema-direita cuja incapacidade de dar respostas às crises surgidas da decadência das estruturas do após Segunda-Guerra e promessa impossível de retorno a um passado idealizado, os torna governantes incidentais ou ditadores.
Companhia das Letras, 2018, (finalista do prêmio Jabuti, categoria Ensaio/Humanidades) Análise da evolução histórica e presente do modelo do presidencialismo de coalizão, concebido pelo autor no clássico artigo “Presidencialismo de Coalizão, o dilema institucional brasileiro, publicado na revista Dados, 1988. Trinta anos depois, o autor publicou a autobiografia do clássico artigo https://dados.iesp.uerj.br/en/trinta-anos-de-presidencialismo-de-coalizao/. Nesta página, na seção de política, há vários artigos de análise recente da crise do modelo.
Companhia das Letras, 2017, ganhador do Prêmio Literário Nacional PEN Clube do Brasil, 2018. Analisa as mudanças estruturais globais determinada por grandes forças, a digitalização, a globalização, a decorrente mudança científica e tecnológica e a mudança climática. A combinação dessas forças move as camadas mais profundas da sociedade humana transformando-a completamente. A era do imprevisto é a fase de maior perigo dessa mudança, quando os velhos paradigmas implodem, o velho mundo desmorona, espalhando sinais mórbidos, enquanto as novas sociedades não surgiram. O medo, a insegurança e as perdas reais desafiam a democracia e o equilíbrio global. Nesta página, nas seções política, sociedade e ecopolítica há atualizações sobre essa fase da grande transição do século XXI em curso.
Record, 2010 O livro reconstitui a COP 15 de Copenhague, em 2009, que abriu a trilha para o Acordo de Paris. Examina seus antecedentes e faz a análise política d dinâmica decisória que fez Copenhague parecer um fracasso.
Record, 2022, Trata de personagens que vivem o dia a dia das grandes cidades brasileiras, com histórias, anseios e questões que nos levam a enxergar nossa própria vida com outros olhos. O romance narra como dois núcleos familiares têm a vida transformada por algo em comum: a polarização e a violência que tomaram conta do país. Em um tempo de emoções e afetos politizados, o romance fala de radicalismos, intolerância e da aparente impossibilidade de conciliar opiniões. Com referências de Racionais MCs e poesia slam às manifestações políticas do século XX e dos dias atuais, tece uma história sobre rupturas e divergências que modificam de forma definitiva as relações. Solitárias, as pessoas se reúnem em grupos fechados, em casulos de intolerância, e o afeto se desfaz no descaimento das memórias, no esquecimento das alegrias, no entorpecimento da estima, no fim da empatia. O outro é inimigo, e se o outro é meu extremo, eu sou o extremo do outro. Um define o outro pela negação.”
Biblioteca Azul, 2014, a narrativa se tece ao redor da pergunta no título. O livro faz o elogio à coragem, à alteridade e ao prazer de estar vivo. Ante a morte iminente por um câncer, a protagonista se volta, resoluta, para a celebração da vida e de suas contradições. A trama, que alia engenho e delicadeza, aborda temas caros ao Brasil contemporâneo, como a culpa nos processos históricos, as faces movediças da verdade, o autoritarismo e a indiferença. Seu ponto de partida é a convivência de Clarice com os dois filhos. A personagem tem um mistério em sua vida, anterior ao nascimento, ela deve ou não contar aos filhos antes de partir?
Record, 2012, o livro se passa num feriadão na Paraty dos anos 1980 em que um casal – ele escritor, ela compositora – vive seus medos e paixões. Mas o tempo breve do fim de semana se alonga, enquanto os dois são dominados pelas memórias de histórias, contadas e vividas que tecem a trajetória de décadas do Brasil: de país rural a urbano; das esperanças dos anos 1950 à repressão da ditadura; das mulheres que sublimam o amor às que aprendem a vivê-lo livremente. Na esquina, no entanto, há sempre o medo à espreita, que transforma suas vidas para sempre.
